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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Memorias cap. 3

Pois então
Juntos e nos amando apaixonadamente, era tudo doce e cor de rosa, antes de começarmos a nos relacionar eu estava com muitoas dificuldades com a educação de meu filho, pois eu tinha um Q depresivo e de vez em quando eu estava nesta maré baixa, e Ele encaixou tão bem na minha vida que até esta situação "educação" estava se resolvendo.

Em setembro eu senti algo estranho no ar, tipo uma energia diferente, até que neste mesmo mes um dia do nada ele estava de folga o telefone tocou no meu trabalho e era ele, meio nervoso dizendo que iria até a capital (130KM dali) levar um irmão da igreja para fazer algo referente um projeto anti drogas. Naquele momento mesmo eu não sabendo a dimensão do era "droga" eu arrepiei, mas concordei.
Dito e feito, o celular dele saiu da area logo apos esta ligação.

No inicio da noite eu comecei a maratona da ligações, liguei para o tal rapaz e o mesmo disse que ele o deixou em determinado lugar e deveria ter ido buscar em tal hora mas não apareceu, e as horas foram passando, as pessoas da igreja ja estavam me ligando ( porque nestas horas é incrivel noticia corre mais rapido que a velocidade da luz) 4:00 hrs da madruga ele apareceu, estranho, com um cheiro esquisito e contadno um monte de mentiras e jurou pela vida da mae dele que não havia usado drogas só bebido cerveja, meses depois eu reconheci o mesmo cheiro.
Ele jurou que não iria mais fazer, implorou perdão. E eu dei.
No outro dia a pressão dos lideres da igreja, querendo saber o que aconteceu, querendo saber o meu posicionamento e ele do outro lado pedindo que eu ficasse em silencio.
Eu me calei.
As pessoas pedindo pra eu adiar o casamento.
Eu não as ouvi.

Chegou o casorio, eu estava feliz pois acreditava que havia sido mesmo somente alcool daquela vez e má compania.
No casamos no cartorio, tudo muito simples, mais simples do que alguem possa imaginar, nem cachorro quente teve rsrsrsrs
mas eu estava feliz.

Não demorou pra Ele me chamar pra conversar e dizer que estava "DAQUELE JEITO" , instigado, queria usar e seria somente uma unica vez, mas que ele precisava usar, meu filho não estava em casa.
Então eu disse, que seja aqui em casa então, não aceitarei que seja na rua.
E aconteceu.
Eu estava meio atonita, não com medo isso ele nunca me deixou ter.

Ele fumou na lata na minha frente, a noite inteira, ( esta cena era pra mim o mesmo que ver ele comer comida do chão, por não ter outra pra comer), não dormiu, não se alimentou, não me amou.
Ficou sensivel, conversador, contou coisas de sua vida e sentimentos seus que eu desconhecia totalmente, abriu seu coração de maneira que eu podia tocar. Mas estava sob o efeito da tal Droga.
Era o meu amor que antes tão forte e mandão, agora com a droga era uma criança triste. Com um olhar que não fixava em nada e com um medo de algo que não estava ali.
E eu naquele momento era somente uma espectadora, naquele momento eu não fazia parte do mundo dele.
Ele foi dormir 6:00 horas da manha e eu fui trabalhar ( sem dormir uma noite toda).

Não sei se consigo descrever o que senti naquele dia, parecia que eu estava sem coração, é definitivamente meu coração tinha se perdido na noite, eu até tentei chorar, mas como sem coração?.
 Durante todo dia somente meu corpo estava no meu trabalho, os meus olhos ficaram fixo o tempo todo na janela da minha sala, como se algo la fora fosse me dar respostas
Ele dormiu até a hora de ir trabalhar, entrava as 14:00. a unica coisa que ele me falou antes de eu sair era que me amava e que isso não iria mais acontecer e que ele estava muito envergonhado sentindo-se culpado. 
... Continua

6 comentários:

  1. Dor dividida é dor diminuída, amiga estou aqui caso vc precise, sempre estarei!!!
    Te amo incondicionalmente!

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  2. è isso mesmo Cicie, por isso resolvi escrever, senti que compartilhando sai um pouco de dentro de mim.
    Obrigada
    Tambem te amooo
    bjos

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  3. nossa lendo sua história eu lembrei da minha, teve algumas tentativas frustradas p/ meu amor se internar, e antes de se internar ele queria usar e eu presenciei ele usando, não foi só uma vez que eu vi... Na hora eu tbm não conseguia chorar, era só um aperto no coração, e eu olhava aquela pedrinha tão pequena que acaba com a vida de uma pessoa, algo tão pequeno, mas tão forte... Eu não desejo mais isso para mim, hj ele está internado, e eu já penso em qndo ele sair, isso me da medo! Mas estou orando muitoo, ao msm tempo que da medo, tenho esperança que tudo vai ser diferente!
    Grande Beeijo

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  4. Acho que todas nós, podíamos ter um só blog. Nossas vidas e histórias são tão iguais. Nossas dores, vivências e sensações.

    "Com um olhar que não fixava em nada e com um medo de algo que não estava ali"...

    Ah esse olhar. Essa pupila dilatada.
    Essa dor de ver alguém que você admira parecendo um bicho. Alguém que você gosta de ver limpo, bem vestido e cheiroso assim, sujo, fedendo aquele cheiro horrível e inesquecível.

    Quantas e quantas vezes eu permiti que ele fizesse isso na minha casa, no meu carro, para protege-lo sei lá do que.
    Quantas manhãs como essa, de ir trabalhar levando só o corpo e deixando a alma sabe Deus onde.
    Quantas vezes olhei para ele e achei que fosse a criatura mais abominável e horrível do mundo, sem sentir nenhum amor, apenas piedade...

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  5. Perdi a conta de quantas vezes eu vi ele assim, fumando na minha frente, sem ser ele que estava ali... tendo medos de coisas que só ele percebia...
    Me vi tão claramente nesse texto... e o vi mais claramente ainda na foto do rapaz fumando na lata!
    Só vcs mesmo sabem a dor que eu sinto lendo tudo isso como se fosse minha própria história!
    Só consigo perguntar: POR QUÊ???
    E não há ninguém pra responder...

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  6. Ai eu nunca passei por isso não.. mas acho que posso imaginar o quanto que é horrivel ver a pessoa que amamos se matando e a gente alí na frente sem poder fazer nada. Nunca passei por isso.. não sei o que eu faria se eu presenciasse o meu amor usando na minha frente. Deve ser horrível!
    FORÇA!
    TAMUJUNTAAA!!

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